Páginas

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Amasia

Anseio por ter os dedos invadindo seu abdômen, sentindo as pontas encharcarem de sangue e manter-me forçando até que a mão não seja vista, alcançar suas vísceras com animosidade trazer tudo para fora.

Não tivemos que arrancar chaves de estômagos, ou cortar pernas nos nossos jogos “amortais”, fomos asfixiados por questões sem resposta, envenenados pelo calor do momento, açoitados pelo orgulho e dilacerados pelos medos.

Quem sabe entrando em você, tendo sua vida entrelaçada em minhas mãos, percebendo sua massa adormecer sobre meus pés, finalmente eu te compreenda, finde se na sua sangria parte das nossas incertezas, e o conhecimento genérico e vagabundo que temos um do outro deixe de ser guia das nossas atitudes.



Nenhum comentário:

Postar um comentário