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quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Carta para a Patrícia de 2005


“Hoje já é Quinta-feira, e eu já tenho quase trinta” (Isso é Sandy, só Sandy, sei que estranho.) 

Confesso que não estava esperando esse nosso reencontro. 
Olhando alguns acontecimentos dos últimos 5 meses, parece que você vem se aproximando há algum tempo, eu e a “vida adulta” é que não paramos para olhar.

Não me recordava de como você é inteira, de toda essa profusão, acho que desaprendi a ter, viver e ser tão viceral como você. Hoje, ali no nosso reencontro, lembrei de que para você o tudo, ou nunca mais, era a melhor medida. 

Eu fragmentei a gente com um excesso de moderação, ponderação, e racionalização que nunca precisou existir. Desculpa por essa auto - castração. “Encobrir, não sentir, não deixar saber” (Você só vai pegar essa referência depois de 2013.)

Não é fácil te encarar, é difícil tomar consciência de que nada é seguro, é difícil  para mim olhar, ver e viver só o agora. Fica aqui, prometo continuar desfragmentadanto nos duas. 

Com amor! 

PS. A gente ainda não dorme no horário “normal”... (Foge de todo mundo que diz que “tem que” mudar isso!)