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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Poroso

Tenho uns 3 textos “sem fim” com temáticas mais “agradáveis” para tratar aqui, mas os acontecimentos vão atropelando esses textos que vão sendo guardados para os “dias próprios”

Não é segredo para ninguém que as crianças não são meus “bichinhos” favoritos, o engraçado é o quanto me identifico com elas, são sempre INTEIRAS e isso é gostoso de ver, no geral gosto de ver eles, seus gestos soltos seu templo infinito, isso gera uma empatia minha por elas, mas creio que a delas por mim exista apenas pelas roupas coloridas mesmo.

Lembro-me de quando uma menininha no metro falou pra mãe dela que queria ser igual a mim, assim me olhou fez 3 ou 4 perguntas e me escolheu, nunca fui escolhida com tanta Verdade sai de lá com os pés longe do chão.

Na ultima semana uma criança me deu um abraço tão gostoso quanto inesperado, agarrou minhas pernas e falou “Até semana que vem”, acredito que ela não saiba mas foi como selar uma amizade, que nasceu e ponto, distante das projetadas relações adultas quase sempre insincera, sem esquecer o Network esse contato tão espontâneo e totalmente livre de interesses.(Ironia)

Verdade é que meus amigos são poucos, únicos e insubstituíveis, mas o que eu venho reclamar nesse texto é Caráter! a famosa “ Vergonha na CARA”, não estou buscando grandes amigos, não estou pedindo juras insinceras, pelo contrario, bem do oposto, estou pedindo GENTE “bichinhos” pensantes com opiniões, crenças e atitudes diferentes das minhas, mas com RESPEITO pelo outro, não só por mim, mas para TODOS os outros.

Eu conheço, olho e falo com GENTE com o outro, não um outro, não sei forçar relações afetivas, não sei conviver com quem não me encanta, meus amigos, minha família, as pessoas com quem eu trabalho, ADMIRO cada um deles pelo singelo fato de saber que eles podem chegar em suas casas e dar um beijo em suas “mães” sem nojo de si. 


terça-feira, 13 de setembro de 2011

Spiders

Juan estava ali no canto esquerdo.
Seu único interesse era que as meninas se calassem para que ele pudesse finalmente dormir
Parecia ao fundo não se importar com aquela discussão toda, mas sabia que tinha sua parcela dentro dela.

Patrícia e Érica digladiavam-se entre nós, sem qualquer ação física as duas arrancavam pedaços uma da outra, indo a lugares pouco visitados. Há muito tempo não brigavam assim, mais que as duvidas existentes sobre o futuro, trocavam farpas de culpas do passado que atingiam todos nos.

Eu estava ali parada no canto direito, pensei em gritar mas o que adiantaria?, pensei calar e tal como Juan fingir que não era uma briga minha, mas era, tudo que foi dito ali caia em mim, terminava em mim, era também ou só minha culpa.

Agora estávamos todos em silencio como se digerindo tudo que “ouvimos”, cada um no seu canto, são mais de 3hrs, o sono nesse momento parece bem utópico, já calculávamos até quando manteríamos esse silencio, foram longos 10 min.

Patrícia então se manisfestou,
Alice não se culpe tanto, também errei muito, aceleirei muito e agora não podemos soltar me desculpem.
Érica também falou
Sabem o que mais me irrita é não saber o que fazer, é a primeira vez que não sei onde quero ir.
Pedi desculpas, mas contei que minha real vontade era encontrar alguém para jogar a culpa dessa decisão, esperar de fora “a resposta”.
Juan então saiu do cando, olhou na cara de todas nós e começou seu discurso.
Muy bien queridas, vamos ser mais sensatos, são 4 da manhã e longe de mim ser o responsável mas estou com sono, TODOS somos culpados, Érica por sua teimosia, Patrícia por suas duvidas, Alice por suas fantasias, eu por minha preguiça, Todos Chicas.

-Queria ir mais devagar, sentir que estou pronta para isso, entender o que temos que fazer....
- Todos queríamos Chicas, Todos Nosotros!