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sábado, 21 de março de 2020

Mercúrio em Peixes

Domingo passado escrevi uma carta de desamor. No princípio a ideia era queimá-la no meu próximo ritual de banimento, lá pelo meio da carta criei afeição por ela, e tive vontade de dar para alguém ler, agora ela está dormindo, perdida em algum livro. 

A última semana foi um vaco estranho no tempo, o desconhecido assusta, mas as previsões do que é tangível no momento é o que de fato é aterrorizante.

Tudo que aconteceu recentemente ganhou as vezes de uma despedida, fico contemplando a vista e pensando no que a gente deixou para depois.

Em uma conversa descompromissada na agora tão longínqua semana passada, comentei do prazer em dividir o café da manhã com alguém, e da preguiça em acordar cedo que era o impedimento para não fazermos isso sempre. Parece-me muito irônico agora.