Esse
semana fui à exposição do Sebastião Salgado aqui em SP, estava com uma amiga
muito querida, trocamos informações sobre as fotos, dos lugares, das
vidas relacionadas aquelas obras, mas diante de uma delas talvez não a mais
bonita, ou a que tivéssemos gostado mais, mas foi aquela obra que mostrou quem sou, foi ali que eu me encontrei.
A imagem é
bonita, consonante e aparentemente feita de informações repetidas, mas o que me
fez contemplá-la, o que falou de mim quando eu a olhei, foi o assimétrico, o
diferente, o único.
Naquela
fotografia muito da minha vida, das minhas escolhas, dos meus caminhos, ficou
evidenciada, aquela assimetria não é um sinal de beleza apenas na obra ela é
contemplativa nos meus dias, nas minhas pessoas, em mim.
Desacredito da perfeição, por
isso ela deixa de ser sinônimo do belo, amo tanto aquilo que não segue padrões
que meus olhos acabam sempre por procurar o diferente, o incomum, o único é
encantador e essencial no meu mundo.
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