Fico lembrando do meu olhar cravado aquela porta, do desejo
que vinha da minha alma por ver alguém cruzando-a, tão exacerbado que calava
tudo em volta, mesmo que eu soubesse que não estava sozinha, por mais que meu corpo
estivesse ali visível para todas as pessoas e que essas me despertassem
sentimentos a porta é o que realmente me tinha, só a porta.
Aquela porta não estava ali somente para levar alguém de um lugar
ao outro, não, ela era uma transação, um canal conectivo e tudo que eu queria
era que alguém chegasse despretensioso, invisível por ela.
Toda vez que alguém rompia seu vazio meu coração se enchia
de esperança, vinha até a garganta, e eu nem sabia por quem eu almejava...
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