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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Forma e formas

Nunca entendi pessoas que não comem pudim, é quase inexplicável o alento que sinto quando a colher corta aquele doce liso, (as vezes ele é aerado, mas gosto mesmo dos lisos e uniformes) gosto quando a calda forma uma casquinha bem fina na parte de cima e é pouco caramelada, bem líquida. 

O melhor pudim do mundo era o da minha vó, mas você não pode mais comer ele, era exatamente como eu descrevi, feito em uma forma grande de alguma forma meio mágica ficava sempre igual e nunca quebrava. 

Existem uma porção de cheiros, gostos, sons, que nos são familiares, uma porção de coisas corriqueiras, singelamente grandiosas, normalmente nos trazem um conforto enorme quando encontrados, como se fosse um recado da vida de que tudo está bem. 

Tô começando a desconfiar que é por isso que gosto do cheiro de sabão em pó na camiseta dele. 


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