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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Incólume

Nos últimos tempos peguei um amor incondicional por manteiga, manteiga de verdade, antes vilã, ela agora é a "queridinha" dos adeptos da "comida de verdade", assim como o ovo e o abacate, o momento difícil da manteiga não é mais lembrado. 

Passei as duas últimas semanas sozinha em casa, o que não é muito anormal desde que eu tinha uns 16 anos e deixei de ir em viagens de férias com meus pais. 

Pensei muito no correr desses dias que envolveram grandes períodos de silêncio, uma dieta baseada em pão, presunto, queijos, tomate, pavê de abacaxi (que estava realmente incrível), bons disco, muito incenso, alguns cigarros e longas caminhadas. 

Apesar de ir para rua nos momentos tediosos, esse tempo só comigo fez eu me tratar com mais doçura, me peguei gargalhando sozinha uma porção de vezes e como não acontecia há muito tempo, olhei para mim e me vi inteira. 

Parece que assim como o momento difícil da manteiga, o nosso também deixou de ter valor. 



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