As
perfeições são mentirosas e ilusórias nunca busquei algo
perfeito, certa vez alguém me falou que em todo tapete persa existe
um ponto ao contrário e é exatamente esse ponto que torna ele
único, mesmo assim ele é persa e seu valor é muito alto.
Durante
um tempo imaginei que se eu tivesse um tapete persa eu usaria ele em
uma parede, afinal não se paga tanto em algo que você vai pisar,
mas hoje há milhões de quadros que eu colocaria nas minhas paredes
se eu comprar um tapete é para pisar nele. As coisas e as pessoas
tem um “papel” em nossa vida, acho injusto que não deixemos elas
exercerem seus propósitos.
Quando
eu escolho um quadro é porque olhar pra ele me trás algo bom,
lembranças, projetos, suas cores fazem meu dia melhor, saber que ele
vai estar sempre na minha parede seguro e intacto é muito bom, com
os tapetes é quase a mesma coisa mas eles talvez não estejam lá
sempre e a razão para isso é muito simples, caminhamos sobre eles,
derrubamos coisas, deitamos, lavamos e tudo isso tem uma
consequência.
Querem
mesmo saber... na verdade não me importo se o tapete é persa ou se
o quadro é um Van
Gogh, gostar
dele é o que me faz querer ter ele pra mim. Eu não tenho vocação
e também não tô querendo ser quadro na vida de ninguém.
A
proposta é se sujar, se rasgar, se molhar até se queimar se for
preciso, é não se guardar, não se proteger de você.
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